Bom dia, meu filho, tudo bem?
Essa semana foi bem agitada e, às vezes, imagino se você se pergunta aí dentro o que está acontecendo. Tanta correria, tanta ansiedade, tanto estresse, tantos compromissos e tão pouco sono, não é mesmo? As semanas que antecedem o carnaval são sempre assim para a mamãe, filho. Mas não é porque eu curto a folia.
Essa semana foi bem agitada e, às vezes, imagino se você se pergunta aí dentro o que está acontecendo. Tanta correria, tanta ansiedade, tanto estresse, tantos compromissos e tão pouco sono, não é mesmo? As semanas que antecedem o carnaval são sempre assim para a mamãe, filho. Mas não é porque eu curto a folia.
É
um período complicado no jornal. Muitas páginas e entrevistas para
adiantar, já que o país para nesse período. Mas a correria
principal é por causa do Emees, aquele encontro de jovens onde eu e seu pai somos voluntários. Mas imagino que você saiba disso.
Lembra, filho? Foi lá, há 1 ano, que nossa relação começou nessa
vida, pelo menos para mim.
Foi há 1 ano que comecei a conversar com você, que ainda era apenas sonho e planos meus e do seu pai. Acho que, talvez por isso, você tenha se comportado tão bem! Nunca dormi tão pouco nessa gravidez como nos últimos 10 dias e nunca me senti tão bem. Acho que você já entende o quanto os sacrifícios que fazemos por esse trabalho nos faz bem e o quanto a recompensa é infinitamente maior. Pode parecer loucura visto de fora, mas meu sentimento é que você está tão animado quanto eu e que está fazendo a sua parte, dando a sua contribuição para este Emees: deixando a mamãe trabalhar. Digo isso porque todas as outras vezes nessas 25 semanas que tentei dormir pouco (e nada foi como agora!) ou me estressei demais ou mesmo abusei um pouco fisicamente, você reclamou e me colocou freio: passei mal ou fui forçada a sossegar, sem qualquer controle sobre o meu corpo e sem conseguir negar suas necessidades. E era por isso que eu estava tão preocupada com esse evento que, emocionalmente e energeticamente é maravilhoso e recompensador, mas que, fisicamente, sempre foi muito desgastante. Obrigada, filho!
Foi há 1 ano que comecei a conversar com você, que ainda era apenas sonho e planos meus e do seu pai. Acho que, talvez por isso, você tenha se comportado tão bem! Nunca dormi tão pouco nessa gravidez como nos últimos 10 dias e nunca me senti tão bem. Acho que você já entende o quanto os sacrifícios que fazemos por esse trabalho nos faz bem e o quanto a recompensa é infinitamente maior. Pode parecer loucura visto de fora, mas meu sentimento é que você está tão animado quanto eu e que está fazendo a sua parte, dando a sua contribuição para este Emees: deixando a mamãe trabalhar. Digo isso porque todas as outras vezes nessas 25 semanas que tentei dormir pouco (e nada foi como agora!) ou me estressei demais ou mesmo abusei um pouco fisicamente, você reclamou e me colocou freio: passei mal ou fui forçada a sossegar, sem qualquer controle sobre o meu corpo e sem conseguir negar suas necessidades. E era por isso que eu estava tão preocupada com esse evento que, emocionalmente e energeticamente é maravilhoso e recompensador, mas que, fisicamente, sempre foi muito desgastante. Obrigada, filho!
Estou
muito empolgada por passar esse encontro juntinho de você, de saber
que você vai receber toda aquela energia boa, todo o carinho daquela
minha segunda família e que vai participar de camarote de algo tão
importante na minha vida e na do seu pai. Eu sei que, mesmo que lá
na frente isso possa não ser uma parte tão significativa da sua
vida como é da nossa (afinal, você é livre para fazer suas
próprias escolhas, inclusive de religião), eu tenho certeza que
essa experiência vai ajudar a fazer de você um homem de bem.
Mas
essa semana foi muito maior do que isso. Você seguiu seu
desenvolvimento dando alegrias e surpresas para os seus pais. Eu
sinto que minha barriga ficou ainda mais pontuda nos últimos 3 ou 4
dias. Passei a sentir seus movimentos já aqui no alto, no
umbigo, e não apenas lá embaixo. Movimentos que, na madrugada de
anteontem para ontem, ficaram superfortes e finalmente pareciam
chutes e socos. Tive até dificuldade para dormir, assustada e
maravilhada com a intensidade dos seus movimentos. Tão intensos que
ontem à noite, pela primeira vez, seu pai sentiu você na minha
barriga. Ah, filho, foi tão linda a cara de satisfação dele! No
primeiro chute, ele pulou junto com a barriga e me olhou com um
sorrisão. “Chutou?”, perguntou, “Porque eu acho que senti”.
E, para a nossa alegria, você repetiu os movimentos com força,
várias vezes, para não deixar nenhuma dúvida. Como o seu pai
estava feliz! Queria ter filmado esse movimento em que vocês se
encontraram pela primeira vez. Achei ainda mais lindo por ter acontecido
justamente ontem.
Sabe,
filho, apesar de ainda estar oficialmente de férias, seu pai está
numa correria tão grande quanto a minha. E ontem, quando cheguei em
casa do trabalho, seu pai estava arrasado, frustrado porque não
havia conseguido ter um dia produtivo. E entre os vários motivos
para isso, estava você. Ele tomou a frente na arrumação do seu
quartinho e passou o dia por conta do moço do gesso, que veio
deixá-lo mais bonito. Só que o serviço foi mais demorado que o
esperado e levou o dia inteiro, com muito barulho e muitas
interrupções. Mas está quase pronto, filho, e tudo já começa a
ficar do jeitinho que você vai encontrar. Estou tão feliz!
Eu
só sei que depois de parar para relaxar um pouquinho comigo no sofá
e perceber fisicamente a sua presença, o semblante do seu pai mudou. As sobrancelhas caídas e o desânimo deram lugar ao sorriso
largo e ao papo animado. Foi muito bonito você agradecer seu pai
assim. Não sei se foi só por isso, mas, definitivamente, mudou o
dia dele. E agora eu sei que desse dia tão difícil para nós dois,
a lembrança que vai ficar é do apoio do nosso filho ao nosso
trabalho voluntário e da alegria de um pai ao sentir seu filho pela
primeira vez. Foi como se você dissesse obrigado. Mas quem agradece,
filho, somos nós!
Amo
você
Mamãe
Vitória, 13 de fevereiro de 2015 – 25 semanas, 6 da manhã
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