domingo, 30 de agosto de 2015

Uma carta para o papai

Postado por Mãe do André às 07:30 1 comentários

O que vale é a intenção, né? Ainda é o mês dos pais, então segue minha homenagem atrasada para o pai do André! :)

Filho, posso pedir licença para ocupar esse espacinho seu para falar com seu pai? É que amanhã é o dia dele e ele merece. Pode ser? Obrigada!


Meu amor,

Amanhã é o seu primeiro Dia dos Pais. E é engraçado, eu estou tão feliz! Dificilmente eu vou conseguir colocar essa carta no ar a tempo, mas, mesmo atrasada, eu queria registrar publicamente minha gratidão a você (e sempre existe a possibilidade de eu apenas ler estas palavras amanhã)

domingo, 23 de agosto de 2015

O seu parto

Postado por Mãe do André às 06:30 2 comentários
Você chegou, filho! Finalmente está nos meus braços e eu quero registrar esse momento enquanto os detalhes ainda estão frescos na minha cabeça. Não, não foi como eu imaginei. Foi a maternidade mais uma vez me ensinando que não terei mais controle sobre a vida. Eu, que sempre defendi com unhas e dentes um parto normal e, de preferência, natural, que me preparei e investi nisso, não só terminei em uma cesária, como acabei fazendo uma cesária eletiva, marcada por conta da agenda do médico. Mesmo assim, tenho certeza que foi o melhor para nós dois dentro das condições que a gente tinha. E eu explico o porquê.


domingo, 16 de agosto de 2015

Menos de 24 horas para te ver

Postado por Mãe do André às 08:00 0 comentários
É, filho, nossa jornada em um só corpo chegou ao fim. Em menos de 24 horas vamos nos ver olho no olho e eu vou poder tocar você, sentir seu cheiro e ouvir sua voz. Não, não vai ser do jeito que eu imaginava. Tudo saiu um pouco dos eixos. Eu eu tive que tomar a triste decisão de, depois de tudo o que li, pesquisei e aprendi, depois de toda preparação e planejamento, marcar uma cesária eletiva. E em boa parte por causa da agenda do médico.

Noites malucas e a ansiedade de todos

Postado por Mãe do André às 07:30 0 comentários
Ei, filho. Olha eu aqui de novo em plena madrugada escrevendo para você. Hoje disse a mim mesma que não faria isso e me obriguei a ficar quietinha na cama lendo. Disse que faria isso até dormir, mas depois de 2 horas, nada. As noites andam meio malucas, mas acho que isso é mais sabedoria da mãe natureza do que sintoma da crise de ansiedade coletiva que você anda causando por aí.

domingo, 9 de agosto de 2015

Seu pai não ajuda

Postado por Mãe do André às 07:00 2 comentários
Obs aos leitores: Desde que comecei a escrever essa carta, vi vários textos muito parecidos na internet, sobre o mesmo tema. Juro que não estava tentando imitar ninguém, rs. O assunto pode não ser original, mas a experiência de cada um é sempre única. Por isso, decidi publicar minha versão mesmo assim. :)

Filho, essa é uma carta feita a prestação. Tentei gravar alguns áudios ainda na gravidez para não perder a ideia. Quando você tinha menos de um mês de vida, fiz uma nova tentativa inacabada. E tento fazer a versão final agora, quando você já completou dois meses. Espero que esse “recorta e cola” faça algum sentido. Essa carta é para falar sobre uma irritação minha e sobre como a sociedade em que você nasceu pode ser estranha e contraditória. A contradição existe em muitos aspectos, mas eu quero falar especificamente do modo como ela trata seu pai (os homens) quando o assunto é família – ou seja, como vai tratar você. Quando as pessoas viam seu pai participativo na gravidez (cuidando de mim e de você, participando de exames, lendo blogs e livros sobre maternidade e parto) e quando veem ele trocando fralda ou ninando você, elas sempre fazem um comentário que me irrita muito:

"Ah, Renata, você tem sorte porque o Vítor ajuda você, né?”

Bem, filho, essa frase me irrita porque temos nela dois grandes erros. Não, eu não tenho sorte. E não, seu pai não me ajuda. Tenho certeza absoluta que o seu pai não é o tipo que ajuda.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

O fim de semana em que me despedi da barriga

Postado por Mãe do André às 23:57 0 comentários
Ei, filho! Como você está aí dentro hoje? Essa semana foi marcante. Parece que, finalmente, me dei conta que sua estadia dentro de mim está acabando e, pela primeira vez, não estou agitada com isso. Estou tranquila. Eu até me peguei me despedindo da barriga...

Desde a 36ª semana, quase todo dia ouvia um comentário do tipo “Esse bebê não vai vir logo, não?” ou “Está chegando a hora!”, “Sonhei que ele nascia hoje', “Vem logo, André” ou “Será que passa dessa semana? Olha o formato da sua barriga!”. Minha reação a esses comentários variava entre o pânico e o desespero. “Não!!!” - gritava internamente por trás do sorriso - “ele não pode vir agora, Deus me livre!”. Entenda, filho, não é que eu não quisesse você comigo, mas eu ainda tinha tanta coisa para fazer antes de você chegar. Uma lista enorme de “quero” e “preciso” fazer que me provocava taquicardia cada vez que eu pensava na sua chegada antes dessas coisas estarem prontas. Entrei de licença achando que resolveria tudo em uma semana, mas que ilusão! O barrigão pesa, o cansaço chega nas pequenas coisas e o ritmo lento era obrigatório, o que só aumentava a minha ansiedade.

Mas você não veio, apesar de todos os sonhos, previsões e sintomas. E eu, internamente, pedindo só mais um dia, e mais um, e outro ainda. Às vezes eu achava até sacanagem com você fazer tantas exigências. Mas, aos poucos, as pendências foram sendo resolvidas e eu comecei a relaxar. No fim de semana passado (hoje é uma sexta-feira), eu e seu pai tiramos o sábado para descansar  – fazer nada mesmo! - e namorar. No domingo, tive uma crise de organização. Acordei cedo para arrumar a casa e continuei a tarefa sozinha até depois da meia-noite. Vitória!! Tudo da lista de necessidades estava pronto! E muitos itens da lista de vontades também! Não seria mais um problema se você nascesse agora.

E eu realmente achei que isso estava para acontecer. Deu para perceber que algo mudou no meu corpo. As contrações de treinamento ficaram mais fortes, mais frequentes e mais demoradas. No domingo à noite eu cheguei até a pensar que poderia estar na fase latente do trabalho de parto (que pode durar alguns dias). Mas deve ter sido apenas o esforço extra. Foi só eu baixar o aplicativo para contar as contrações que tudo se acalmou. E desde terça-feira foi uma calmaria só (sua bisavó jura que esse é o maior sinal de que você está chegando).

Aquele domingo agitado me ajudou a perceber o óbvio: você pode chegar a qualquer momento! Amanhã eu posso estar sentindo você em meus braços e não apenas na minha barriga. E, pela primeira vez em todo esse tempo, pensar na sua chegada me fez sorrir. Não tive taquicardia, não fiquei apavorada. Fiquei feliz e abracei a barriga, agradecida por esse tempo juntinhos. Percebi que são meus últimos momentos de barrigão. E me peguei me despedindo dele.

Não quero apressar você, filho. Você ainda tem alguns dias para ficar aí dentro se quiser ou precisar. E confesso que adorei esses dias extras em que até os itens da lista de vontades puderam ser riscados. Tive tempo para escrever várias cartas que estavam apenas na minha cabeça, consegui descansar mais, deixar seu blog mais bonito e até rever amigos! O que eu quero com essa carta é apenas agradecer por ter me dado todo o tempo que eu precisava. Por ter me permitido acabar com pendências de cinco anos!! E só quero deixar registrado também o quanto estou feliz por ter conseguido arrumar tudo para receber você física e, principalmente, emocionalmente. Pela primeira vez em 9 meses, posso afirmar: estou pronta! Não pronta no sentido “sei tudo para ser uma ótima mãe”, mas pronta no sentido “pode vir que estou mentalmente e emocionalmente disponível para nossa aventura juntos”. Pronta para explorar esse universo novo e desconhecido que é a maternidade. Com mais vontade do que medo de ter você nos meus braços. Sei que não vai ser uma jornada fácil, filho. Mas estou aqui. Pronta para começar assim que você quiser. PODE VIR!


Vitória, 22 de maio de 2015 – 39 semanas e 5 dias

domingo, 2 de agosto de 2015

Pequenas grandes vitórias na vida de uma grávida

Postado por Mãe do André às 07:15 0 comentários
Ah, Filho! A gravidez é um período engraçado. Sou daquelas que defende que não é doença, mas, às vezes, é quase! Isso porque o funcionamento do seu corpo não é “normal”, quero dizer, algumas coisas que você sente e que passa a conseguir ou não conseguir fazer poderiam ser sintomas muito preocupantes do ponto de vista médico se eu não soubesse que você está aqui!


 

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