Desde que me entendo por gente, escrever sempre foi a minha forma de processar o que acontece em minha vida, de tentar entender meus sentimentos. E existe alguma outra fase com tanta coisa para entender e processar do que uma gravidez? A cada semana, um sentimento diferente, um sintoma completamente novo, uma mudança. Além disso, eu senti a necessidade de conversar com meu filho. Uma relação que começou antes mesmo do teste positivo de gravidez e que é difícil de explicar. Mas eu tento.
Queria que esse momento não passasse em branco. Com tanta novidade, tanta mudança semanal, eu sabia que, quando chegasse ao fim desta jornada, provavelmente não me lembraria do que aconteceu no começo. Isso para mim era inaceitável. Mas, porque transformar esse blog em algo público? Eu honestamente não sei. Não sei a quem possa interessar as minhas sensações pessoais e minhas divagações. Eu só sei que eu não queria que isso se perdesse em pedaços de papel e arquivos soltos no computador. E quem sabe o André, meu filho, possa, um dia, ter uma ideia de como tudo começou.
Mas se você se identificar, gostar e quiser fazer parte dessa história, eu também vou ficar feliz. Então, seja bem-vindo ao meu mundinho pessoal. Bem-vindo à minha história com meu filho.
Vitória, madrugada de 3 de abril de 2015 - 32 semanas