domingo, 1 de novembro de 2015

Nossa jornada com a amamentação

Postado por Mãe do André às 10:22
ATENÇÃO, LEITORES: ESTA É UMA CARTA GRANDE! MAS COMO O ASSUNTO MERECE E AMANHÃ É FERIADO, PUBLICO MESMO ASSIM! ;)

Jornada. Essa é a melhor definição de tudo o que a gente já passou até agora, né, filho? Eu queria ter registrado tudo isso logo nos primeiros dias porque, com certeza, já não me lembro mais de todos os detalhes (mesmo tendo feito algumas anotações ao longo dos meses). Seu ritmo, frequência e tempo de mamada já mudaram tantas vezes que nem parece ser a mesma pessoa. Acho que se eu tivesse mais de um filho iria jurar que tudo isso não aconteceu só com você. Foi difícil, filho. Mas estamos conseguindo.

Você mamou na primeira hora de vida, ainda no centro cirúrgico. E isso já foi uma vitória para mim. Mas as mamadas das primeiras 12 horas no hospital foram estranhas. Eu tinha que ficar deitada por causa da cesária e nós não tínhamos posição. Parecia que você iria sufocar com o narizinho enterrado no meu peito. E eu tinha a sensação que você não estava mamando nada. As enfermeiras me tranquilizavam, diziam que era só o desconforto da posição. Perguntavam se você estava dormindo, se tinha feito xixi e cocô. Como a resposta era positiva (você sujava a fralda a cada 2 horas), me garantiam que estava tudo certo.

Quando pude, finalmente, erguer a cabeceira da cama as coisas ficaram mais fáceis, mas eu ainda estava cismada. Sabe, filho, uma das coisas que eu me esforço muito para não ser é arrogante. A gente nunca sabe tudo sobre nenhum assunto. Mas algum conhecimento (teórico) sobre amamentação eu tinha, por causa do meu trabalho. Eu já tinha feito algumas matérias sobre o assunto no jornal e havia tido a oportunidade de conversar com alguns especialistas no assunto. O básico eu sabia: tínhamos que estar barriga com barriga, seus lábios tinham que estar virados para fora (a “boca de peixinho”) e você não podia fazer barulho ao mamar. Além disso, sabia que você não deveria pegar só o bico do peito e sim toda a auréola. Mas eu não via nada disso quando você mamava. Não conseguia virar sua barriga para mim, você fazia muito barulho e eu tinha minhas dúvidas se sua boca estava como deveria estar. E como aquela boquinha minúscula iria conseguir abocanhar toda a minha auréola? Toda vez que uma enfermeira diferente entrava no quarto eu perguntava se aquilo estava certo. Todas diziam que era assim mesmo, que com o tempo iríamos acertando a posição e que se você estava dormindo, fazendo xixi e cocô era porque estava mamando.

Mas eu não fiquei tranquila, filho. Tinha uma pulguinha atrás da minha orelha que não me deixava em paz. Comentei isso com seu pai algumas vezes e fiz uma proposta: estávamos ao lado do banco de leite referência do Estado, por que não ir até lá tirar a dúvida? Seu pai topou. Dizia que era melhor prevenir do que remediar. Mas não fomos, filho. Eu e você recebemos alta no domingo, no início da tarde. Foi tudo tão confuso! Seu banho, a visita da pediatra, o almoço meu e do seu pai, algumas visitas, tudo aconteceu ao mesmo tempo. E depois vieram nos avisar que nosso prazo para liberar o quarto já tinha passado porque era de 1 hora após a alta (nós não sabíamos). Foi uma correria. Ainda tínhamos que passar na farmácia, já tinha tempo que você tinha mamado (esperávamos seu choro a qualquer momento) e andar de carro parecia uma tortura por causa dos pontos da cesária. Resultado: eu queria chegar em casa o mais rápido possível.

Mas em casa a dúvida permaneceu. Eu me esforçava para colocar sua barriga na minha, mas nem assim eu via a tal boca de peixinho. E você estalava tanto que as mamadas pareciam ter trilha sonora. E você começou a chorar muito, parecia cólica. Eu havia dito aos leitores do jornal que o barulho ao mamar era sinal de que o bebê estava engolindo ar, o que provocaria gazes. Será que era isso?

Eu me lembro como se fosse hoje. Por volta das 19h30 da segunda-feira, eu estava dando de mamar na sala, uma daquelas mamadas bem barulhentas, e disse para o seu pai:

- Isto não está certo. Sei que todas as enfermeiras do hospital disseram que está tudo bem, mas todos os especialistas em amamentação que eu já entrevistei disseram que mamar não pode fazer barulho. Tem alguma coisa errada. Tem alguma coisa errada!!

Seu pai, então, foi enfático: vamos ao banco de leite tirar a dúvida!!! Não custava nada, o serviço era gratuito, e ele ainda estava de licença. Era melhor ir lá fazer uma pergunta idiota do que arriscar ter algum problema no futuro. No dia seguinte, sem falta, iríamos lá. Ele ligou o computador para conferir o horário de funcionamento (era mesmo 24h) e resolveu ligar para saber se a gente precisava marcar horário ou levar alguma coisa. E aí, filho, começou o milagre feito por aquelas enfermeiras-anjo.

Experiente, a enfermeira começou a fazer uma série de perguntas para o seu pai ao telefone. “Só queremos tirar algumas dúvidas, só por desencargo de consciência mesmo”, dizia seu pai a ela. Repetíamos que estava tudo bem, que eu não tinha dor nem febre, que você estava mamando e que só queríamos ter  a certeza de que não podíamos “melhorar alguma coisa”. Na minha ignorância, achava que não tinha pressa, afinal era só colostro (eu jurava que esses problemas mais graves que eu havia ouvido falar só aconteciam depois de algum tempo, quando o “leite de verdade” descia).

Com muita tranquilidade e jeitinho, a enfermeira foi enfática: “venham aqui hoje! Por que não agora?” Agora? Como assim? Para que a pressa? Mas ela insistia. Como você já estava mamando, filho, ela orientou que esperássemos 2 horas e então fôssemos até lá – o bebê tem que chegar com fome. “Mas vão ser quase 10 horas da noite!”, argumentou o seu pai. “Não tem problema, vou estar aqui a madrugada toda. Vem hoje, sim!”, insistiu a enfermeira. Bendita hora que ouvimos essa mulher, meu filho. 

Como eu desconfiava, não estava tudo bem. O que eu só fui descobrir cinco dias depois, quando tudo já havia passado, é que eu estava a poucas horas de uma mastite bem séria. Tínhamos um problema de luxo, filho: muito leite. Era tanto leite que o peito ficava muito duro e você não conseguia sugar. Além disso, o meu bico era para dentro (ou seria o tipo plano?), o que dificultava um pouco mais a sua pega. O leite estava começando a empedrar e a minha recusa em dormir de sutiã piorava ainda mais a situação (o peso dos seios cheios de leite acabava obstruindo os ductos da parte inferior). Na minha ignorância, eu achava que o peito duro e dolorido daquele jeito era apenas sinal de abundância de leite, achava que era não só normal, como até uma boa notícia.

O problema era o seguinte: como o leite pingava dos seios, mesmo sem mamar direito alguma coisa coisa chegava ao seu estômago e, por isso, você fazia cocô e xixi. Mas o xixi superescuro indicava que você não estava bem hidratado, o que você recebia não era suficiente. Resumindo: se eu ficasse em casa mais um ou dois dias desse jeito, era provável termos problemas tão sérios que poderiam colocar em risco a amamentação – mais ainda a exclusiva. Mamando daquele jeito você não tinha a menor chance de recuperar o peso do nascimento (na maternidade os bebês perdem cerca de 10% do peso e isso precisa ser recuperado de qualquer jeito em até 15 dias). Além disso, como meus seios já estavam parcialmente obstruídos, eu provavelmente teria uma mastite séria nas próximas 24 horas. Mas, como eu disse, filho, eu só fui saber de tudo isso alguns dias depois.

Naquela segunda-feira, 1º de junho, nós chegamos ao banco de leite quase às 23 horas e você já estava se esgoelando de fome – sair com um recém-nascido e uma convalescente de casa se mostrou muito mais demorado do que pensávamos. O hospital estava em greve, com muitas faixas e cartazes espalhados pelo local, mas o banco de leite funcionava normalmente. Era estranho passar com um bebê de três dias por um ambiente hospitalar. Um medo! Você parecia frágil demais para cruzar com gente doente. Mas o banco de leite era todo esterilizado. Chegamos e não havia mais ninguém lá: só eu, você, seu pai e a enfermeira de plantão. Coloquei o avental verde com buracos para os seios, a touca e a máscara. A enfermeira fez um monte de perguntas, acalmou você em cinco segundos e veio avaliar meu seio. Ela me explicou que com ele assim, duro e tão cheio, o bebê não consegue sugar de forma adequada. Explicou como massageá-lo e como tirar um pouco de leite para deixá-lo mais macio para você. Ensinou o seu pai a fazer a mesma coisa (“se estiver cheio demais, a dor é tão grande que você não vai conseguir fazer sozinha”, explicou). E como você estava muito bravo de fome e não mamava direito no meu peito, ela deu a você o leite que tirou de mim usando para isso uma sonda. Você mamou o vidrinho todo em segundos e capotou. Você estava com fome, filho, e eu não sabia. Você estava com fome havia três dias.

A enfermeira explicou que você iria exigir um trabalho mais demorado, que precisava aprender a pega correta e que isso não seria resolvido com uma única visita. Pediu que voltássemos no dia seguinte de manhã, a partir das 8h/8h30 para começar esse processo mais sistematizado. Recomendou que eu sempre massageasse o peito antes de dar de mamar e “por garantia”, nos deu duas sondas, dois potinhos para tirar leite e até luvas, se quiséssemos usá-las (não era necessário). Tudo para o caso de você não pegar o bico de madrugada. Como assim? Você estava mamando, estava tudo “ótimo”, só queríamos “melhorar” a sua mamada, pensei na hora. Ah! Santa inocência! O que nós não sabíamos é que estava para começar o que eu e seu pai iríamos chamar de “a noite do terror”.

Quando você acordou desesperado de fome, algum tempo depois de termos chegado do banco de leite, nós fizemos o que a enfermeira havia orientado. Seu pai pegou você, trocou sua fralda e ficou enrolando, tentando acalmar você. Enquanto isso, eu fui para o banheiro massagear o peito e tirar um pouco do leite para tentar amaciá-lo. Sem jeito nem experiência, eu demorava um pouco nesse processo e seu choro alto e sofrido não ajudava. E aí, começou o nosso desespero. Quando colocamos você no peito, você não sugava de jeito nenhum!!! Gritava, esperneava, mas se recusava a ficar no peito. Eu e seu pai não conseguíamos entender o que estava acontecendo. Parecia que em vez de ajudar, a ida ao banco de leite havia piorado tudo. Você havia regredido. Hoje eu sei que, ao entender o que era um bom fluxo de leite, você não aceitava mais as poucas gotas que saíam do meu peito. Você não tinha mais paciência para receber tão pouco leite. Depois da experiência de ter a barriguinha cheia pela primeira vez, você não queria mais passar fome. Então, resolvemos apelar para a sonda, mas foi difícil. Eu não conseguia tirar leite!! No banco de leite, a enfermeira tirava jatos e jatos do meu peito. Quando usou a bombinha, então, encheu 40ml em pouquíssimos segundos (isso é muito leite para essa fase, filho, muito mesmo!). Mas eu apertava, apertava e quase nada saía. Foram muitos minutos com você berrando no colo do papai para eu conseguir tirar 10 ml. Resolvemos dar isso mesmo. Você mamou super-rápido e se acalmou um pouco.

Fui para o quarto e massageei o peito por muito tempo: 10, 15, 20, 30 minutos! Não importava o quanto eu caprichasse, o leite pingava e não saía direito. Eu não sabia mais o que fazer. Eventualmente, seu pai veio e também fez massagem e tentou me ordenhar. Não me lembro mais onde você estava nesse momento, talvez dormindo, talvez no meu colo, talvez chorando no berço. Só sei que ficamos muito tempo nesse revezamento, que meu peito doía muito e que ficamos nesse processo até sua próxima mamada que, de novo, precisou ser com a sonda e não chegou a 15ml. Eu e seu pai estávamos arrasados, desesperados. Você chorava muito e parecia até ser dor. Dávamos remédio para gazes, você se acalmava um pouco mas depois tudo piorava de novo. Naquela noite, filho, nós não dormimos sequer 10 minutos. Na verdade, foram 24 horas de luta em que dormimos, no total, uma hora ou duas. Chorei muitas vezes. Por que tudo havia piorado daquele jeito? Será que você não ia mais aceitar meu peito? Será que aquela enfermeira estragou tudo ao ensinar você a se alimentar de outro jeito? 

Ficamos vigiando o relógio esperando a hora de poder voltar ao banco de leite. Assim que amanheceu começamos a arrumar tudo e às 8 horas já estávamos lá. Dois restos de gente. Eu achando que minha experiência com a amamentação iria acabar naquele dia. Mais uma vez, não havia ninguém lá além da gente e seu pai pôde entrar comigo. A enfermeira explicou novamente como fazer a massagem e a ordenha e percebemos que estávamos tentando tirar o leite de forma errada, apertando dentro da auréola (o certo é fora, na bordinha). As enfermeiras conversaram muito com a gente, conseguiram nos acalmar e começaram o processo de ensinar a você a pega correta.

Como o meu bico ia para dentro, era preciso beliscar (não é força de expressão, doía mesmo) o seio no início da auréola para ajudar a formar o bico e você conseguir sugar. Sua boquinha era colocada na posição correta a cada 20 ou 30 segundos, pois escorregava, e eu aprendi a segurar o seio com a mão na forma da letra C, já que você não tinha força para sustentá-lo. Aprendi uma dica valiosa, que nos acompanha até hoje: enxugar sua boca e meus seios de tempos em tempos. Acontece que sua revolta da madrugada não era porque você não queria meu peito. Você balançava a cabeça e parecia até me empurrar para longe mas, na verdade, você estava tentando me segurar, nervoso porque tentava sugar e não conseguia. Como o leite era muito e a pega não estava muito boa, o leite escorria e deixava o seio e seu queixinho molhados. Assim, quando você tentava abocanhar, sua cabecinha escorregava, o peito escapulia e você não conseguia manter a sucção. Seu desespero da madrugada não significava “não quero isso” e sim “quero muito e não estou conseguindo”.

Voltamos para casa mais confiantes, mas essa confiança não durou muito tempo. Na mamada seguinte, mais uma vez, você não pegava o peito como no banco de leite. Meu peito chegou a ficar vermelho de tanto que a gente beliscava, mas você não abocanhava direito. Que desespero! Ficamos cogitando o que fazer, discutindo tudo o que poderia ter dado errado e relembrando cada instrução das enfermeiras. E uma delas era: “se tiverem qualquer problema, voltem aqui, não pensem duas vezes. Venham quantas vezes por dia forem necessárias”. E foi o que fizemos. Voltamos lá logo depois do almoço.

Em pouco segundos, descobrimos o que estava errado: estávamos segurando muito perto do mamilo, o que não deixava espaço suficiente para a sua boquinha (seu pai tinha razão, rs). Em pouco tempo, já era possível largar a “pinça” e você continuava sozinho. Sozinho, mas com ajuda. O seio precisava ser sustentado e, de tempos em tempos, era preciso ajustar algo do seu corpinho – mexer no queixo para lembrá-lo da movimentação correta (você não deveria apenas abrir e fechar a boca, mas levar o maxilar para frente), puxar os lábios para fora para manter a boca de peixinho, ajeitar o corpo para ficarmos barriga com barriga, etc. Ao perceber que você perdia a pega correta, era preciso tirá-lo do peito e recomeçar tudo de novo. Às vezes parar tudo só para enxugar sua boca e meu seio. E isso várias vezes na mesma mamada e sob choros de protesto. Nossa, que tensão!

Durante todo aquele dia e durante toda a madrugada, mamar exigiu um trabalhão de três pessoas: meu, seu e do seu pai. Enquanto um de meus braços segurava você e a outra mão dava o apoio/sustentação ao seio, seu pai ia arrumando você de acordo com o meu comando: agora o queixo, arruma a cabeça, vira mais a barriga, tira a mãozinha daqui, etc... Eu chegava até a prender a respiração para me mover o mínimo possível e evitar que você saísse da posição. E foi assim em TODAS as mamadas das 36 horas seguintes. Mas sabe o que aconteceu, filho? VOCÊ MAMOU!!! Você mamou muito bem em cada uma delas. Dava trabalho, mas estava funcionando. E a primeira vez que isso aconteceu foi um momento mágico.

As mamadas da tarde, logo depois que voltamos do banco de leite, foram tensas. Você ficava nervoso cada vez que precisávamos interromper sua refeição para ajustar a pega. Eram mamadas com muito choro e nervosismo. Mas em uma das primeiras mamadas da noite, algo entre 19h e 20h, você sossegou. E mamou. Estava dando certo! Pela primeira vez em 24 horas, soltamos o peito em uma respiração profunda de alívio e a tensão deu lugar à esperança de que amamentar você ia dar certo. Eu me emocionei e mentalmente agradeci a Deus com todas as minhas forças. Olhei para o lado e seu pai estava chorando. E alto incrível aconteceu, filho. Eu me emociono até hoje só de lembrar.

Não sei se você se lembra, nas últimas semanas da gravidez, mamãe montou um pen drive com uma seleção das minhas músicas espíritas preferidas. Apenas aquelas músicas que me traziam coisas boas, esperança no futuro e belas lembranças. Essa seleção nos acompanhou em casa e no carro, em todas as idas e voltas do trabalho, por semanas, lembra? Músicas que me ajudavam a superar um dia difícil, a combater o estresse, a enfrentar o trânsito. Eu fechava o vidro do carro, cantava bem alto e, às vezes, até chorava (grávidas, rs). E muitas vezes você, na minha barriga, reagia junto. Em um dia em que você mexia muito, bastava colocar minha seleção para tocar que você se acalmava automaticamente. Às vezes era o contrário: não sentia você o dia todo, mas bastavam os primeiros acordes para você se mexer freneticamente dentro de mim, como se estivesse dançando. E por que eu estou lembrando tudo isso? Porque, filho, naquele primeiro momento de silêncio da noite, quando você mamou direito pela primeira vez longe das enfermeiras, naquele momentinho de paz e alívio após uma madrugada infernal e um dia muito difícil, eu ouvi um violão tocando uma melodia familiar. E então ouvi vozes cantando uma das músicas daquela nossa seleção!! E, de todas, A minha música preferida dentre as preferidas! A que mais me dava forças e esperança de um futuro melhor!

Para mim, era como um sinal dos céus acalentando meu coração e me pedindo fé. Eu chorei. De felicidade. Uma profunda felicidade e confiança em Deus. Eu e seu pai nos olhamos sem acreditar no que estávamos ouvindo. Seu pai se levantou e olhou pela janela e viu que no prédio da frente um grupo de jovens operava nosso pequeno milagre (depois ainda descobrimos que se tratava do ensaio da equipe de música da mocidade da casa espírita que eu e seu pai frequentamos!!!). E sabe o que foi incrível, filho? Eles cantaram praticamente TODAS as músicas que estavam na minha seleção!!! INCRÍVEL!! Como Deus é bom! Foi a injeção de energia que eu e seu pai precisávamos depois de quase 24 horas sem dormir. E sua mamada foi assim, com música de fundo, comigo e seu pai cantando para você, com tranquilidade, alegria e, pela primeira vez, paz. Parecia o fim de um filme de tão perfeito. Mas estávamos apenas começando. Aquela semana ainda seria de muito aprendizado para nós dois. Aprendizado que continua até agora. Mas isso já merece uma outra carta ou essa aqui vira um livro, rs.



Vitória, 21 de agosto de 2015 – 2 meses e 22 dias / 4, 6 e 7 de setembro (3 meses e 6-9 dias)

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