domingo, 21 de junho de 2015

Que semaninha!

Postado por Mãe do André às 14:10
Ei, filho! Acho que preciso pedir desculpas, né? Que semaninha nós tivemos, não? Acho que se eu acreditasse nessas coisas diria que passamos por uma fase de inferno astral, rs. Deixa eu explicar porque você sofreu tanto aí dentro.

Não foi uma semana fácil, filho. Para mim, foi uma das semanas mais estressantes da minha vida! Daquelas em que tudo o que poderia dar errado, deu. Várias vezes. E de novo! Estou muito ansiosa e preocupada com o que eu preciso fazer nas próximas duas semanas. A preocupação principal é o trabalho. Em duas semanas eu saio de licença e parece que nada do que eu faço diminui a lista das coisas que eu preciso terminar antes disso! Mas na vida pessoal a lista de tarefas também não diminui e eu preciso recorrer a tudo o que aprendi nos últimos anos para não ter uma crise de ansiedade e surtar de vez.

O pior é que também não foi um semana nada fácil para o o seu pai. Eu me arriscaria dizer que foi uma das piores da vida dele. Justo o seu pai que faz questão de fazer tudo certinho... Ele não merecia tanto aborrecimento. Sabe, filho, nós dois estivemos uma pilha de nervos essa semana. Até brigar feio a gente brigou! Coisa que não acontecia há um ano ou dois! Nossa, e como isso me fez mal! Parece até que ainda não passou – e já faz dois dias! E esses são os motivos de tanto rebuliço aí dentro, filho. Mesmo sabendo que não é o momento, sou humana e não tive como ficar imune a tanto estresse. Você tem razão de reclamar, mamãe abusou mesmo! Mas eu achei que o fim de semana de ócio e a alegria do mutirão que arrumou o seu quartinho poderiam compensar (foi lindo tanto apoio dos amigos, né?). Eu realmente achei que depois disso estaríamos melhor.

Filho, estou preocupada. Cólicas e dores intensas que eu não sentia, inchaço mesmo de pernas para cima, dificuldade para dormir mesmo com tanto cansaço... Até que ponto tudo isso é natural dessa fase? Quando isso se transforma em um sinal de que eu deveria procurar o médico? O problema, filho, é que até semana que vem eu não posso prometer diminuir o ritmo!!! Eu sei, eu deveria. Mas não dá! O que eu posso prometer é menos estresse. Afinal, as minhas principais fontes de preocupação estão quase todas resolvidas. O trabalho está encaminhado, o pior já passou para o seu pai, a burocracia está controlada, seu quartinho pronto e a mala da maternidade também. Mas o ritmo ainda será pesado fisicamente. Você pode me ajudar? E, principalmente, esperar mais um pouquinho? Só um pouquinho! 

Daqui a duas semanas, nesse horário, estarei de licença me dedicando exclusivamente a você. Eu só preciso de duas semanas. E prometo que elas não serão tão difíceis como a que passou. Mas eu preciso ter certeza de que você está bem. Por favor, filho, fique bem! Aguente só mais duas semaninhas. E, depois disso, aguente mais um tempinho aí dentro da mamãe. Um tempo que, eu prometo, será mais tranquilo. Ainda está cedo para você sair, mas já já estaremos nos encontrando. Sei que foi uma semaninha daquelas, mas já passou, filho. Já passou. Promete ficar aí dentro mais um pouquinho? Temos um combinado?

Beijos, mamãe

Vitória, 20 de abril de 2015 – 35 semanas

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